DONS MINISTERIAIS DEVEM PRODUZIR EQUILIBRIO
Um dos itens mais
atraentes para nós no início dos estudos de dons ministeriais de Cristo é sua
sábia variedade.
É verdade que o primeiro da lista, o
apóstolo, parece englobar todo o tipo de ministérios, mas existem profetas,
cujo ministério é movido por inspiração e apela para os elementos emocionais da
natureza humana. Para dar equilíbrio, há professores (mestres), cujo ministério
é lógico e apela para as faculdades intelectuais; existem evangelistas, cujo
ministério é quase exclusivamente fora da igreja, e pastores cujo ministério é
quase exclusivamente dentro dela.
Todos são igualmente necessários e
dignos de honra.
Essa questão de equilíbrio é de vital
importância para um ministério exteriormente eficaz e equilibrado, com um crescimento bem
alicerçado interiormente. Isso é muito mais importante do que a maioria dos
cristãos imaginam. Muitos ministérios não tem outra visão a não ser a de um
único homem que ministra e recebe expectativas em torno de si para preencher
todas as necessidades – evangelísticas, pastorais, educacionais e proféticas.
Espera-se que um único homem tenha
grande sucesso no evangelismo, seja um grande organizador, um bom pastor de
visitações, um instrutor bíblico competente e ainda possua dons de cura e uma
capacidade de expressão inspirada. A maravilha é que muitos homens (e/ou
mulheres) parecem aproximar-se, ao menos em algumas medidas desse padrão
exorbitante que não consta nas Escrituras. Normalmente, isso se torna uma
pressão terrível para eles, e, provavelmente, isso pode facilmente fazer com
que jamais alcancem com competência a excelência daquilo que Deus realmente os
chamou para realizar.
Outros ministérios e membros de
igreja não parecem ao menos ter o desejo ou a visão de um único homem que supra
todas as linhas de ministério; eles parecem enxergar apenas uma frente de
trabalho e não tem tempo, nem apreciam tampouco encorajam nada além daquilo que
fazem. A exemplo disso, algumas congregações e alguns cristãos não tem visão
nem entusiasmo para coisa alguma além do evangelismo no sentido extremo do
termo e, praticamente ignoram o ensino e os professores. Por outro lado,
existem outros que ministram tanto ensino bíblico que transformariam a
congregação em uma escola bíblica, ignorando completamente o impacto do
testemunho. Ambos os tipos provavelmente se uniriam em “desprezar as profecias”
(I Ts. 5:20) e não teriam tempo nem espaço para os dons proféticos e de línguas
ou interpretação. Ainda, em outros extremos , existem os que desvalorizam esses
dons, pois eles não consideram que um pregador “esteja na benção” ou na
liberdade do Espírito, a menos que sua ministração seja permeada com as
manifestações descritas; eles apreciam todos os encontros da congregação que
sejam dominados por essas características. Em ambos os casos, existe uma séria
e profunda falta de equilíbrio.
Faz-se necessária uma apreciação dos
ministérios que Cristo colocou para a igreja. A realização de cada um deles é
essencial para o bom desenvolvimento da atividade e crescimento do Corpo de
Cristo.
O
plano divino é que cada ministro estabelecido pelo Senhor na igreja, sirva para
corrigir e complementar o outro, proporcionando assim tanto os elementos em
falta, como as coisas que precisam ser restituídas por serem excessivas em
qualquer assunto – o profeta para inspirar o professor; o professor para
fortalecer o profeta; o evangelista para continuamente nos lembrar da
necessidade do mundo que morre sem o evangelho, o pastor para nos mostrar que
almas precisam muito de cuidados até mesmo depois de elas terem “vencido”. O
apóstolo, acima de todos, deve inspirar e guiar novas conquistas para Cristo e
Sua Igreja.
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Marcelo Donisete