LIVRO SEGUIDOR DE CRISTO: CAPITULO 7
EVANGELIGIOSIDADE
PARTE II
1. CRENTE INFERIORIZADO
Coitado, infeliz e desventurado!
Cristão não tem complexo de inferioridade, isto é uma afronta dizer que é um
coitadinho e que as coisas são mais difíceis para ele, assumindo para si um
estado de auto-piedade ou auto-compaixão. E além de se passar por inferior,
para os outros tudo é mais fácil, ainda é pessimista, quando ele chega o
negócio não anda. Quem tem dó de si mesmo traz estampado no seu rosto uma
tristeza constante e as pessoas ficam com pesar. Há, pelo menos (segundo minha
pesquisa com crentes de várias denominações), dois exemplos típicos que se
julgam inferiores: o analfabeto e o pobre. Existem outros, mas estes foram os
mais citados:
a)
Analfabeto
Quando se trata de evangelismo é
o primeiro a dizer que não sabe ler e escrever, por isso, não sabe falar
direito e as pessoas não vão entendê-lo.
Não saber ler ou escrever nunca
será empecilho para quem realmente deseja servir a Deus, basta ser esforçado e
dedicado, lutando contra esta dificuldade.
Muitos analfabetos vivem
constrangidos quando se trata de Cristianismo, mas na vida diária tudo é
normal: trabalha, ganha dinheiro, não troca notas e sabe diferencia-las, educa
seus filhos, convive bem (de certa forma) com vizinhos e amigos, sabe conversar
e comenta os assuntos e acontecimentos atuais. Está por dentro de tudo! E sua
parte como cristão deixa a desejar. Diz que só ouve alguém ler a Bíblia quando
está na Igreja, na pregação do pastor, em casa não tem ninguém para lhe ler a
Palavra. Mesmo quem mora sozinho, e não tem nenhum parente por perto, um amigo
ou vizinho poderá perfeitamente ajudar fazendo a leitura bíblica. Desde que
haja esforço e interesse em fazer amizade com alguém e esta pessoa se
disponibilizará a realizar sua leitura bíblica diária.
Dizendo isto estou me referindo às
pessoas idosas que (segundo eles mesmos afirmam) tem dificuldades em aprender
ler devido a idade. Quanto aos mais novos, ainda dá tempo de aprender.
Sou testemunha de um pastor, o
qual admiro seu esforço e dedicação não sabendo ler e escrever. Alguns anos
atrás trabalhei com ele em uma das filiais da nossa Igreja. Todos os dias de
culto quando ele entrava no escritório e me chamava já sabia que era para me
passar uma folha de papel onde estava escrito o livro, capítulo e versículo da
Bíblia que iria pregar. Em seguida, me dirigia para o salão e dava início à
reunião. Em meio aos louvores, ouvia, longe, sua voz em oração a Deus e meia
hora depois lhe passava a palavra. No momento certo ele me pedia para ler o
texto da referência que estava no papel e pregava.
Como conseguia isso? Simples!
Primeiro, ele era dependente do Espírito Santo que falava através dele,
segundo, ele contava com a ajuda de sua esposa que todos os dias fazia sua
leitura bíblica, e no meio da leitura pedia que sua esposa anotasse a
referencia do texto que lhe chamou a atenção e meditava na Palavra de Deus.
Trabalhar com aquele homem de
Deus foi uma honra e inesquecível experiência. Prova que nada, nenhuma
circunstância ou deficiência pode atrapalhar aquele que quer realizar a Obra de
Deus. Através deste pastor, almas foram libertas e curadas, vidas foram salvas
para glória de Jesus.
O apóstolo Pedro mesmo sendo de
pouca cultura, no dia de Pentecostes foi cheio do Espírito Santo, e suas palavras
foram tão poderosas, que no final, quase três mil pessoas aceitaram Jesus (At.
2).
Pouca ou muita intelectualidade
não impede a realização da Obra de Deus. Ele usa da mesma maneira, basta
esvaziar-se de si mesmo e abrir o coração permitindo a unção e o poder do
Espírito Santo. O apóstolo Paulo era doutor da lei e poliglota (Lc. 21:37-40),
falava os idiomas: grego, egípcio, romano e hebraico, mas esse conhecimento foi
usado em prol do serviço de Deus.
Existem hoje testemunhos de
pessoas que aprenderam a ler lendo a Bíblia Sagrada. Alguém lhes ensinou as
letras e como junta-las para formar as palavras, e estas pessoas praticavam
lendo a Bíblia, tamanho a vontade de conhecer a Palavra de Deus. Começaram
gaguejando ‘comendo’ algumas letras, tendo dificuldades, e depois de muita
persistência se tornaram bons leitores. Tudo na vida exige esforço e dedicação!
Se com esforço consegue trabalhar, fazer compras, pagar contas não sabendo ler,
da mesma maneira deve ser quanto ao Cristianismo.
Se você ler este subtítulo a um
analfabeto, ou você conhece alguém assim que é cristão, e não quer fazer a Obra
de Deus, diga para ele que o Senhor Jesus quer mudar-lhe o pensamento e quer
usá-lo para levar sua mensagem.
b)
Pobre
Tem sempre uma desculpa: “Não
tenho dinheiro, sou pobre, ganho pouco”. Infelizmente há uma cultura religiosa
em determinadas denominações, que pregam ser a “pobreza” um meio de aproximar o
homem a Deus, aliás, disfarçam e trocam pela palavra “humildade”. Primeiro,
estão negando o sacrifício de Cristo, pois, só Ele leva o homem à Deus;
segundo, ora, ser humilde não é ser pobre. O cristão não se apega às coisas
materiais, isto é outro assunto, não quer dizer que não possa ter bens e até
ser rico. É uma tremenda falta de conhecimento! Pobreza não é humildade, mas
pode se tornar em humilhação! Explico melhor daqui a pouco! Cristão não se
humilha às pessoas, ele é humilde com as pessoas, note a diferença:
- Quem se humilha às pessoas são os que têm
auto-piedade e querem que tenham pena dele, principalmente, quando está
passando por dificuldades. E sai implorando ajuda para todos que encontra,
isto é humilhação, e quem não pode ajudá-lo como quer torna-se para ele um
egoísta ou até um inimigo. Perde a confiança no seu Deus provedor, e perde
até a sua dignidade.
- Quem é humilde com as pessoas age como Jesus que
viveu para servir. Não se humilhava com Seus discípulos ou a multidão que
O acompanhava com a finalidade de tirar-lhes algo de seu interesse, mas
servia-os com amor e dava-lhes Seu perdão. Mesmo estando com problemas,
seja humilde com você mesmo! Reconheça seus erros, mas, se estiver tudo
bem espiritualmente, confie na provisão do seu Deus.
Todo cristão precisa ter o que é
necessário para viver e com sobra. Esta sobra não é desperdício, é porque o
vaso encheu e transbordou. O SEGUIDOR DE CRISTO
sabe administrar o que Deus lhe deu, porque o que Deus nos deu, é para
ser administrado e não nos tornar dependentes do que é matéria ou físico.
Por serem pobres, crentes vivem
cabisbaixos, e não tem prazer algum em suas vidas. Vivem reclamando e quando se
ajuntam é um murmúrio terrível... reclamam da falta de emprego, da inflação,
dos juros altos, do patrão, do pastor que só pede dinheiro, da mulher
consumista, do marido que ganha pouco e assim por diante. Todas as vezes que
alguém pergunta: “-Como vai?” Sua resposta é: “-Mais ou menos... ou, Não ta
nada bom...” Ele nunca está bem, esquecendo-se que o cristão fiel nunca ficará
desamparado. O apóstolo Tiago pergunta (2:5): “Porventura,
não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do
Reino que prometeu aos que O amam?”.
O salmista Davi disse que nunca
viu, em toda a sua vida, um justo desamparado e sua família ter necessidades
(Sl. 37:25). Em Provérbios tem um texto muito bom neste assunto (30:7-9):
“Duas
coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a
palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza e nem a riqueza; mantém-me do pão
da minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue, e
diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, não venha a furtar e lance mão do
Nome de Deus”.
Prestaram atenção às palavras
deste homem chamado Argur? Foi uma oração sincera do escritor deste capítulo de
provérbios. Ele não queria ser pobre nem rico, além de se manter afastado da
vaidade e mentira. Este conhecia a si mesmo!
Há confusão na mente de
fanáticos, acerca do ensinamento de Jesus na parábola do rico e Lázaro (Lc.
16:19-31). Lázaro era um mendigo e o rico um homem que esbanjava sua riqueza. O
pobre mendigo morreu e foi para o céu, o rico esbanjador morreu e foi para o
inferno. A confusão está no que se acredita que o mendigo foi para o céu porque
não possuía bens materiais, e o outro, cheio de bens e riquezas foi condenado. Este
Lázaro mendigo foi salvo porque era cristão, ao contrário do outro.
Um acontecimento no ministério de
Jesus (Lc. 18:18-30): a história do mancebo de qualidade. Este jovem queria
herdar a vida eterna, mas, não tinha o conhecimento do que teria que fazer, a
fim de conquistar sua salvação. Queria tê-la como mais um de seus bens
adquiridos por ele mesmo. Era religioso, sabia os mandamentos da Lei de Deus
desde a sua infância, contudo, lhe faltava algo muito importante... se
desprender da riqueza! Jesus não divide Sua glória com ninguém e com nada. E
aquele moço ficou muito triste, ao saber que deveria se desapegar dos seus
bens, mesmo diante da Promessa de Jesus: “TERÁS UM TESOURO NO CÉU”.
Com Zaqueu foi diferente (Lc.
19:5), ele também era rico, ao receber Jesus e ter um encontro com Ele sua vida
foi transformada. Não precisou de Jesus falar, como fez com o outro, o próprio
Zaqueu sabia onde estava seu coração, e Jesus lhe disse: “HOJE VEIO SALVAÇÃO A
ESTA CASA”.
Você deve estar pensando...
riqueza é problema para salvação! Não, desde que não tome o lugar de Deus.
Priscila e Áquila eram o casal de missionários e discípulos de Paulo; possuíam
propriedades e suas casas em Corinto, Roma e Éfeso eram locais de evangelização,
além de sustentarem as viagens e despesas pessoais de seu discipulador, o apóstolo
Paulo.
A doutrina acerca da pobreza diz
que Jesus era pobre, e um dos textos que se baseiam está em Lucas 9:58: “...o Filho do Homem não tem onde
reclinar a cabeça”. Jesus dizia que Seu propósito era a Obra e fazer o
que era a vontade de Seu Pai, e não se apegava com o que tinha, e quem O
seguisse teria que ser como Ele, deixar de lado, para um segundo plano, a vida
material; em primeiro lugar Deus e Sua vontade (Mt. 7:11).
Jesus tinha Sua própria casa, era
filho de carpinteiro e naquela época a carpintaria era uma profissão muito
requisitada e lucrativa. Ao ser pendurado na cruz, os soldados lançaram sortes
para saber quem ficaria com Sua túnica, sinal que era uma peça de valor. Ele
não era rico, mas tinha o suficiente e com sobras.
Cristão não tem auto-piedade, nem
auto-compaixão! É humilde, mas mantém sua cabeça erguida, pois, Jesus lhe dá
forças e é seu provedor. Em primeiro lugar está Deus em sua vida, seja na
riqueza ou na pobreza (Sl. 37:16). Sentir-se inferiorizado é ser pobre de
espírito... adquirir riquezas, sejam elas materiais, espirituais e ministeriais
por intermédio de Deus, é um dom que Ele nos concede (Ec. 5:19).
2. CRENTE MACUMBEIRO
Parece que agora peguei pesado!
Ora, macumba só traz infelicidade, tragédia, dissensão, doença, angústia,
separação e uma série de sentimentos que causam perturbações! Não se assuste
este subtítulo tem base bíblica. O próprio Jesus, os religiosos chamaram de
macumbeiro (Mt. 12:24), então não é nenhum absurdo dizer que há crentes
macumbeiros, Jesus sendo Santo foi injustamente chamado assim, mas, “o Filho do homem não veio para destruir
as almas dos homens, e sim salva-las...” (Lc. 9:56).
Esta é uma das piores seitas que existe,
a macumba é considerada cultura afro-brasileira. Descendentes de africanos que
vieram ao Brasil, os portugueses católicos e os índios que já moravam aqui,
uniram seus rituais formando esta religião. Uma cultura cujo objetivo (isto não
é falado claramente em suas sessões) é: destruir os lares tirando o marido de
casa, e os filhos se perderem na vida sem amor dos pais e marginalizados pela
sociedade; o comerciante passa enfrentar dificuldades financeiras; as empresas
falidas e trabalhadores desempregados. Na saúde, surgem doenças que os médicos
não encontram a cura, conhecem os sintomas, mas não encontram a raiz da
enfermidade para combatê-la.
Estas e muitas outras coisas
começam acontecer por causa desta “cultura”. Fiz questão de frisar algo sobre a
macumba porque é uma seita que só traz desgraça para a vida das pessoas, onde
indivíduos mal intencionados vão pagar trabalhos com o objetivo de destruir a
vida do próximo por causa da inveja, ciúmes, vingança ou ódio. É revoltante
esta situação, porém, até certo ponto compreensível se olharmos para a
ignorância espiritual que as pessoas vivem. Tanto que, quando alguém suspeita
ser vítima de macumbaria, corre para outro terreiro, supostamente “mais forte”,
para desfazer o trabalho que lhe foi feito e encomendar outro ao seu inimigo. É
aí que entra a Palavra de Jesus: “Todo
reino dividido contra si mesmo é devastado... se satanás expulsa satanás, está
dividido contra si mesmo, como subsistirá?”.
Jesus está dizendo que macumba
não tira macumba, um demônio não expulsa outro. A libertação só vem de Deus em
Nome de Jesus! E tudo isto pode acontecer entre irmãos na igreja, Jesus nunca
ensinou que devemos orar pelo castigo alheio, ou desejar o mal àqueles que não
nos gostam, ao contrário, aliás, cristão não faz inimigos! O seu inimigo é
espiritual! As pessoas sim, podem tornar-se inimigas por causa das obras justas
dos cristãos. Quando lemos o texto de Lucas 6:27-35, temos uma aula de amor sem
olhar a quem, e não posso deixar de registrar todas as palavras poderosas de
Jesus neste texto, derrubando as paredes de religiosidade. São algumas das
características que muitos não têm coragem de assumir para si, mas o SEGUIDOR
DE CRISTO assume:
“Mas
Eu digo a vocês que estão Me ouvindo (para nós, lendo): Amem os seus inimigos e façam o bem
para os que odeiam vocês. Desejem o bem para aqueles que os amaldiçoam e orem
em favor daqueles que maltratam vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire
o outro lado para ele bater também. Se alguém tomar a sua capa, deixe que leve
a túnica também. Dê sempre a qualquer um que lhe pedir alguma coisa; e, quando
alguém tirar o que é seu, não peça de volta. Façam aos outros a mesma coisa que
querem que eles façam a vocês. Se vocês amam somente aqueles que os amam, o que
é que estão fazendo demais? Até as pessoas de má fama amam as pessoas que as
amam. E, se vocês fazem o bem somente para aqueles que lhes façam o bem, o que
é que estão fazendo demais? Até as pessoas de má fama fazem isto. E, se vocês
emprestam somente para aqueles que vocês acham que vão lhes pagar, o que é que
estão fazendo demais? Até as pessoas de má fama emprestam aos que têm má fama
para receber de volta o que emprestaram. Façam o contrário: amem os seus
inimigos e façam o bem para eles. Emprestem e não esperem receber de volta o
que emprestaram e assim vocês terão uma grande recompensa e serão filhos do Deus
Altíssimo. Façam isso porque Ele é bom também para os ingratos e maus.”
Depois destas Palavras, poderia
encerrar o livro aqui, esta é a cartilha do cristão. O SEGUIDOR DE CRISTO faz a
diferença, não faz o que normalmente as outras pessoas fazem. Amar sem olhar a
quem e não esperar nada em troca como forma de retribuição! É agradável receber
presentes, mas, para Jesus, dar presentes é muito melhor. Eu, particularmente,
e acho que você também concorda comigo, acho suficiente as últimas Palavras
quando Ele diz: “VOCES TERÃO UMA RECOMPENSA E SERÃO FILHOS DO DEUS ALTÍSSIMO”.
O apóstolo Paulo disse que nossa
palavra deve ser unicamente boa para edificação, conforme a necessidade, e que
transmita graça aos que ouvem (Ef. 4:29). Nossa palavra não é para amaldiçoar
os que nos maltratam ou revidar as ofensas; oferecer a outra face significa não
revidar, mesmo que torne a ser maltratado, oferecendo sua amizade a quem lhe
quer mal. Amigo de verdade está sempre disposto a ajudar, esquece até seus
próprios interesses porque o amigo solicitou sua ajuda. Assim é Jesus, o nosso
Amigo (Jo. 15:13-15), o mesmo que devemos fazer com as pessoas conhecidas ou
desconhecidas. A oração é um momento especial de comunhão com Deus, não
desperdice tempo e interceda pelo bem do seu irmão ou do seu próximo.
3. CRENTE SUPERSTICIOSO
Paulo estando no Areópago disse: “-Varões atenienses, em tudo vos vejo um
tanto supersticiosos...” (At. 17:22).
A Bíblia também cita os
agoureiros, estes são os que anunciam ou crêem anunciar desgraças; que prevêem;
tem presságios (II Rs. 21:6).
Os supersticiosos vivem
escravizados no temor em admitir falsos deveres, crendo em presságios tirados
de fatos eventuais. A sexta-feira treze é um terror: gato preto, passar por
baixo de escadas, quebrar espelhos... coisas que o diabo colocou na mente dos
pais, que passaram para os filhos e em seguida aos netos. Fica registrado na
memória as superstições, e quando estes recebem a Jesus, se não houver
libertação, continuarão com esses medos e manias de sua infância.
Na mente do cristão não há
superstição, tudo que não é, pelo menos, comprovado cientificamente, torna-se
superstição. Algumas delas: lua certa para cortar o cabelo; vestir roupa branca
e pular sete ondas na praia no primeiro dia do ano dão sorte; se a palma da mão
coçar é sinal de dinheiro que está vindo; orelha vermelha é alguém falando mal;
vassoura atrás da porta para espantar visita indesejada; colher ao cair no chão
alguém está chegando; bater na madeira três vezes para evitar o azar; garrafa
com água em cima da caixa de luz para diminuir o consumo; e tantas outras
tolices que lembrarei mais a frente e que crentes vivem e ainda passam a outros.
Existem crentes que fazem até
simpatias! Parece absurdo, infelizmente é verdade!
Lembro-me que estava junto com um
irmão em Cristo no centro comercial da cidade de Santos-SP, e ao voltarmos para
igreja quis tomar, obviamente, o mesmo caminho pelo qual fomos, e, para minha
surpresa aquele irmão me disse: ‘-Não tome o mesmo caminho vá pelo outro
paralelo’. Achei que ele quisesse passar em mais algum lugar, mas voltamos pelo
caminho mais longo para igreja. Perguntei por que mudamos de rua no retorno e
me respondeu: ‘- Nunca retorne pelo mesmo caminho’. Insistentemente quis saber por
quê: ‘- Simplesmente não é bom!’ Esta foi sua afirmação já irritada, este irmão
não estava liberto do agouro, ao observá-lo melhor, descobri que era
supersticioso, tinha várias manias que fazia repetidamente.
Não voltar pelo mesmo caminho que
foi é uma tática de guerra segundo me consta, e não uma condição de vida diária
das pessoas! E o texto bíblico do profeta que profetizou contra o altar, foi
uma orientação única e específica de Deus para aquele homem na realização
daquela missão, não era algo costumeiro (I Rs. 13:9), e por ter desobedecido
sofreu conseqüência.
Em um retiro de casais escutei
alguém dizendo para não apagar as luzes, pois tinham ali mulheres grávidas e
poderiam ver assombrações se ficassem no escuro... que absurdo! A principio
achei que fosse brincadeira e até ri na hora, mas, quando descobri que era
sério, fiquei boquiaberto! O diabo tem conseguido tirar a comunhão de alguns
servos de Deus com estas pequeninas bobagens.
Outro ritual de
crente-supersticioso é ler e acompanhar o horóscopo diariamente, seja em:
revista, jornal, rádio ou televisão. Cristão não tem signo, que quer dizer
sinal ou símbolo. O servo de Deus tem a marca de Jesus e o selo do Espírito
Santo. As divisões do zodíaco, nomeadas a partir das constelações são: Áries,
touro, gêmeos, câncer, leão, virgem, libra, escorpião, sagitário, capricórnio,
aquário e peixes; não tem influencia alguma na vida do cristão. Suas mensagens
diárias de amor, emprego, sorte, número e cor do dia, para atrair positividade
são inspirados por espíritos de engano às pessoas, e por ser espíritos de
engano, é mentira! Os crentes são convencidos que acreditar nos horóscopos é
melhor do que acreditar na Palavra de Deus.
Certa vez, Jesus se encontrou com
alguns religiosos que previam quando ia chover ou não, e o Mestre usou isto
para mostrar-lhes que conseguiam diferenciar o tempo, mas não conseguiam
distinguir o que é de Deus e o que não é (Lc. 12:56-57). Deixe esta bobagem de
superstição, isto é muito pequeno e insignificante para atrapalhar a comunhão
com Deus: comer na panela antes do casamento não prova que vai chover; ver a
noiva antes de ir ao altar não significa azar no casamento; ferradura atrás da
porta, trevo de quatro folhas, comigo-ninguém-pode, arruda, pé de coelho e figa
não trazem boa sorte; simpatias para curar gripe, resfriado, sinusite,
reumatismo, bico de papagaio, problemas de coluna, pedra nos rins, impotência
sexual alteram em nada a situação.
Guardar umbigo de recém nascidos
e jogar dente de leite no telhado também é ritual supersticioso, as crianças
ficam impressionadas e podem ser vítimas de perturbações malignas quando os
pais querendo que elas parem de fazer ‘arte’ (bagunça) ou atrapalhando, ou não
querem dormir, e assustam-nas falando em bicho papão ou homem do saco, ou dizer
que o papai do céu vai castigá-las, que os relâmpagos e raios em dias de fortes
chuvas é Deus que está bravo.
Ouvi o testemunho de uma mulher,
hoje missionária, que quando era criança seu pai dizia que os relâmpagos e
trovões era Deus arrastando os móveis no céu, e que castiga quem Ele não gosta.
Disse ainda, que deus é ter dinheiro no bolso! Ela cresceu com uma imagem
distorcida acerca de Deus e sua libertação dos agouros plantados em sua mente
desde criança foi complicada, imaginava a Deus sendo dinheiro, pois, o dinheiro
compra tudo, e como um “velhinho” que quando ficava nervoso com os homens,
arrastava os móveis causando aqueles estrondos.
Jesus nos ensina dar para as
crianças o conhecimento do Verdadeiro Deus e não ensina-las o que irá
perturbá-las. Criança costuma ter muita imaginação, cuidado com o que diz a
elas! Nunca as xingue ou diga que são burras, ou palavras piores por causa de
alguma dificuldade que tenham. Oriente-as e ensine-as, pois, a mente das
crianças guarda com maior facilidade o que as ensinam desde que chame a atenção
delas. Foi de propósito que Jesus orientou a Pedro, logo que ressuscitou,
dizendo: “... - Simão, filho de
Jonas, amas-me mais do que a estes? E ele respondeu: Sim Senhor, Tu sabes que
Te amo. Disse-lhe: APASCENTA OS MEUS CORDEIROS”. E Jesus repetiu
estas palavras mais duas vezes, só que mandando Pedro apascentar as ovelhas (Jo.
21:15-17). Os cordeiros são filhotes das ovelhas, Jesus orientou a Pedro
cuidar primeiro das crianças.
autor: Pr. Marcelo Donisete
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