INTRODUÇÃO
“No tempo de hoje, sobrevive um
REMANESCENTE segundo a eleição da graça” (Romanos ll:5).
Na historia de Israel sempre se
pôde discernir um remanescente, um Israel espiritual dentro do Israel nacional.
No tempo de Elias sete mil não dobraram os joelhos diante de Baal (I Reis
19:18). No tempo de Isaías foram “alguns sobreviventes” por amor de quem Deus
ainda se absteve de destruir a nação (Isaías 1:9). Durante os cativeiros, o
remanescente aparece entre os judeus como Ester, Mardoqueu, Ezequiel, Daniel,
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. No fim dos setenta anos de cativeiro na
Babilônia, foi o remanescente que retornou com Esdras e Neemias. No advento de
nosso Senhor, Ana (profetiza) e todos os que esperavam a redenção de Jerusalém (Lucas
2:37-38) formavam o remanescente. Durante a dispensação da Igreja, o
remanescente era composto por judeus crentes (Romanos 11:4).
No século XXI, o REMANESCENTE são
os cristãos que sobrevivem firmes em meio às tentações dos prazeres carnais;
drogas, violência; interesses próprios, ganância; ódio, inveja; idolatria,
feitiçaria; arrogância e humilhações.
O remanescente não é um mero
religioso, é um discípulo de Jesus e fazedor de discípulos através do
testemunho da Palavra de Deus.
Os apóstolos de Jesus foram quem,
mesmo com ameaças de morte, não pararam de arrancar as almas do inferno e em
sua época evangelizaram o mundo. O inferno inteiro não pode barrar um único
cristão, não o religioso, mas o SEGUIDOR DE CRISTO, que se esforça a fazer as
mesmas obras de seu Mestre.
O apóstolo Paulo relembrou a
oração feita por um povo no tempo do profeta Isaías (I Coríntios 2:9): “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram,
nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que
O amam!” O povo em geral sofria
por conseqüência de seus pecados e do seu distanciamento do Deus verdadeiro, e
na sua idolatria com imagens feitas por eles mesmos em atitude de rebeldia e
incredulidade, padeciam e ficavam longe da proteção divina. E aquele grupo de
pessoas que continuavam firmes e fiéis a Deus temia pagar pelo que não fizeram,
porque estavam no meio da maioria desobediente. E aquele remanescente se
colocou em oração perante Deus (Isaías 64:5), e nesta oração sincera disseram
que também eram pecadores, porém, não praticavam o mesmo que os outros, mas
estavam no meio de seus parentes idólatras e maldizentes. E o mais importante é
que não oravam apenas por eles mesmos, mas, por todos da nação, e a ultima
frase da oração daquele povo remanescente foram duas perguntas a Deus:
“-
Conter-te-ias Tu ainda, oh Senhor, sobre estas calamidades? Ficarias calado e
nos afligiria sobremaneira?”
Foram perguntas sinceras do que
sentiam no momento. Questionaram a Deus se continuariam sofrendo junto com os
idólatras e maldizentes. O cristão não deve se acomodar com os problemas que
surgem só porque o país está em crise, ou, o patrão reclama da falta de
dinheiro; ou, o desemprego que afeta todas as famílias tem lhe atingido e
continua tendo dificuldades. O seguidor de Cristo não é assim:
- CONFORMADO: o conformismo é a atitude de quem se
harmoniza com a situação e se acostuma com o sofrimento. O médico, por
exemplo, informou que a enfermidade não tem cura; o advogado não deu
garantia de definição da causa, e o crente se conforma dizendo ainda que é
da vontade de Deus. Concorda facilmente com a desgraça e nem mesmo procura
examinar-se com outro médico especialista ou procura outro advogado, e
pior! Não se lembra de que quando já não existem recursos naturais e
humanos, entra a provisão de Deus.
- ACOMODADO: o cômodo se ajusta a uma situação da
qual discorda, é a atitude de quem atende, acima de tudo, ao próprio bem
estar. Ele sabe (como nos exemplos acima) que a palavra do médico ou do
advogado não é definitiva na sua vida, Deus é quem dá a última palavra e
só Ele pode reverter este quadro. Mas o crente acomodado tapa sua visão de
Deus para realizar algo diferente e sobrenatural; seja no trabalho, na
família, ou na obra de Deus; e fica temeroso achando que vai correr riscos
e decepcionar-se. Prefere ficar onde está, acomodado, fazendo sempre as
mesmas coisas, com medo de arriscar-se. Através da oração o cristão move
as mãos de Deus.
Deus fez promessas aos
remanescentes (Isaías 65:8). E Paulo escreveu (Romanos 9:27):
“Também
Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja
como a areia do mar, o remanescente é que será salvo”.
O destino dos idólatras, rebeldes
e incrédulos é exatamente o inverso de quem decide servir a Deus (Isaías
65:13-14). Somos o Israel espiritual de Deus, adquirimos esta condição ao
aceitar a Jesus. Agora, Ele quer que façamos discípulos transmitindo o que
temos em nós, para que, também, se tornem ganhadores de almas. Assim seremos o
maior remanescente que já houve desde o princípio do mundo, e as bênçãos vão além
daquilo que pensamos “porque serão
esquecidas as angústias passadas (v.16)”;
a vitória será tão grande que não nos lembraremos dos problemas anteriores. Os
que estão com Jesus, mesmo no meio dos maldizentes e infiéis, serão prósperos e
felizes em tudo, só nos resta clamar a este Deus poderoso.
autor: Pr. Marcelo Donisete
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Marcelo Donisete